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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

POESIA TRISTE

Colhi a folha de um poema errante,
havia lágrimas em seus olhos fúnebres.

Ouvi seu canto de grilo
emergir do pasto.

Atendi seu pedido de não complicar
tanto a poesia.

Faminto:
- Colhi a extasia das manhãs
e comi a claridade.

Aniquilado:
- Já buscava no fundo da folha
a fotossíntese.

(Poesia do livro Relevo Azul, 1998.)

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