Tudo ou nada. O que importa?
A dor intercalou-se totalmente.
Como riso que foge da morte,
Que sangra e explode a mente.
O que vive ou o que cambaleia,
Sem musicalidade, sem voz.
A sinceridade passando longe,
Favorecendo às águas turvas.
O que finge ou sustenta o desaire
Não atravessa continente algum.
Habita no imóvel que repulsa,
O próprio organismo que atrai.
Quem conseguir olhar solidário,
Ao menos terá o que olhou.
(Poema do livro Poesia Sempre, 2005.)
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